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Analistas preveem que os preços do gás na Europa devem aumentar em 2025

Analistas preveem que os preços do gás na Europa devem aumentar em 2025

Os preços do gás na Europa devem aumentar significativamente no próximo ano, com analistas prevendo uma alta de 12%, o que tem gerado preocupação entre consumidores e empresas. Essa previsão reflete os desafios contínuos na segurança energética da região, enquanto os países europeus lidam com mudanças estruturais no mercado de gás.

De acordo com o Center for Price Indices, os preços do gás na Europa podem sofrer um aumento substancial em 2025, impulsionado por fatores como a possível interrupção no fornecimento de gás pela Ucrânia e o aumento da retirada de combustível das instalações de armazenamento. O hub TTF holandês, referência para os preços de gás na Europa, deve alcançar US$ 422 por 1.000 metros cúbicos, uma alta significativa em comparação com os atuais US$ 375. Anteriormente, o CPI havia projetado um preço de US$ 329 para 2025, mas revisou sua previsão em alta, indicando um ajuste de 28%.

A previsão de aumento de preços pode ser atribuída, em grande parte, à redução das importações de gás russo e ao aumento da retirada de gás do armazenamento subterrâneo na União Europeia. Nesse cenário, o preço médio de exportação do gás russo por gasoduto subiu de US$ 266 para US$ 288 (uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior), com uma previsão de US$ 290 em 2024.

Embora a curto prazo haja uma grande probabilidade de interrupções no trânsito de gás pela Ucrânia, muitos especialistas acreditam que os fluxos não serão completamente bloqueados. Ainda assim, a dependência de alguns países da UE de soluções de trânsito estáveis sublinha a vulnerabilidade do mercado energético europeu.

Os analistas preveem um aumento nas exportações de gás russo, de 114 bilhões de metros cúbicos para 117 bilhões de metros cúbicos. Isso ocorre principalmente devido ao aumento das exportações para a China por meio do gasoduto Power of Siberia, que também transporta gás para o Uzbequistão e o Cazaquistão. Ao mesmo tempo, muitos especialistas acreditam que os fluxos de gás pela Ucrânia serão reduzidos, mas não totalmente bloqueados. Países como Eslováquia, Moldávia e Áustria continuam interessados no gás russo, e esquemas de trânsito ideais estão sendo desenvolvidos para transferir os direitos de gás na fronteira russo-ucraniana. Anteriormente, o vice-chanceler alemão Robert Habeck destacou que a ausência de gás russo tem colocado empresas alemãs em uma situação difícil, aumentando os custos de produção e limitando a competitividade.

Apesar disso, a União Europeia tem buscado diversificar suas fontes de energia, intensificando importações de GNL dos Estados Unidos e do Catar e investindo em energias renováveis, embora esses esforços ainda enfrentem desafios logísticos e financeiros.

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