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22.04.2025 02:55 PM
Por que o dólar americano continua a cair

O dólar dos Estados Unidos caiu para o nível mais baixo desde janeiro de 2024, após críticas do presidente Donald Trump ao Federal Reserve levantarem preocupações sobre a independência do banco central.

A moeda americana se desvalorizou frente às principais divisas depois que o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, afirmou que Trump está considerando a demissão do presidente do Fed, Jerome Powell. As declarações provocaram uma onda de vendas do dólar na segunda-feira. O ouro, que costuma se valorizar quando o dólar enfraquece, atingiu um novo recorde histórico.

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Está claro que Trump, frustrado com a relutância do Federal Reserve em cortar as taxas de juros, declarou na semana passada que a demissão de Jerome Powell poderia ocorrer rapidamente. As críticas à autoridade monetária não apenas minam o princípio da independência do banco central, como também correm o risco de politizar a política monetária dos Estados Unidos de uma forma que os mercados podem considerar profundamente preocupante. Ainda assim, tensões semelhantes marcaram o primeiro mandato de Trump e, na ocasião, tudo terminou de forma relativamente pacífica.

A eventual saída de Powell representaria um choque significativo para os mercados e para a economia norte-americana, razão pela qual as declarações de Trump dificilmente serão levadas ao pé da letra. No entanto, se a credibilidade do Fed for seriamente colocada em xeque, isso poderá abalar profundamente a confiança no dólar. Os mercados podem passar a exigir um prêmio de risco político sobre ativos denominados em dólares — especialmente se essa narrativa ganhar força nos próximos dias e semanas.

A queda dos ativos norte-americanos sugere que a outrora popular estratégia de negociação "America First" está, gradualmente, perdendo tração. Essa abordagem se baseava na compra de ativos que tenderiam a se valorizar quando os EUA enfrentassem dificuldades, sob a expectativa de uma resposta vigorosa de estímulo por parte do Fed. Mas o cenário se transformou: após Trump elevar tarifas em escala global — desestabilizando o mercado de Treasuries e apagando trilhões em valor nas bolsas mundiais — o próprio dólar passou a sofrer pressão.

A desvalorização da moeda americana não se deve apenas à política do Fed; reflete também um movimento de diversificação em resposta à intensificação da guerra comercial. Países asiáticos, detentores de grandes volumes de depósitos denominados em dólares, podem intensificar ainda mais os fluxos de capital para seus próprios mercados.

Ontem, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, alertou contra quaisquer tentativas de enfraquecer a independência do banco central. "Há um consenso quase unânime entre os economistas de que a independência monetária frente à interferência política é essencial — para o Fed ou qualquer banco central cumprir sua função", afirmou Goolsbee. O ministro da Economia da França, Eric Lombard, também advertiu que Trump corre o risco de minar a confiança no dólar e desestabilizar a economia dos EUA, caso leve adiante a demissão de Powell.

Perspectiva técnica

EUR/USD: Os compradores agora precisam superar a resistência em 1,1570. Apenas um rompimento sustentado acima dessa área abrirá caminho para um teste de 1,1625. A partir daí, o par pode mirar 1,1675, embora atingir esse nível sem o respaldo dos principais players institucionais possa ser desafiador. O alvo mais distante segue sendo a máxima em 1,1699. Em caso de recuo, espera-se um interesse comprador mais robusto apenas próximo de 1,1485. Na ausência de suporte nesse ponto, o mais prudente seria aguardar um novo teste de 1,1410 ou considerar entradas longas em torno de 1,1340.

GBP/USD: Os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3420. Somente então poderão mirar 1,3465, nível considerado difícil de ser vencido. O alvo ascendente mais ambicioso permanece em 1,3510. Em caso de queda, os ursos tentarão assumir o controle em 1,3365. Um rompimento abaixo desse suporte representaria um duro golpe para os touros e poderia levar o par à mínima de 1,3305, com possibilidade de extensão para 1,3245.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
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