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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem a suspensão, por 90 dias, dos aumentos tarifários que vinham afetando dezenas de parceiros comerciais. A medida, no entanto, veio acompanhada de um endurecimento significativo contra a China: a elevação das tarifas para 125%.
A mudança de rumo aconteceu cerca de 13 horas após a entrada em vigor de tarifas recíprocas aplicadas a 56 países, incluindo a União Europeia — um movimento que provocou turbulência nos mercados e acentuou os temores de uma recessão nos EUA. A resposta foi imediata: líderes empresariais e investidores pressionaram fortemente a Casa Branca por uma reversão.
"Eu achei que as pessoas estavam exagerando um pouco", disse Trump a repórteres na quarta-feira, na Casa Branca, ao ser questionado sobre o recuo. "Elas gritaram, se assustaram."
Segundo as instruções alfandegárias publicadas na noite de quarta-feira, as novas tarifas sobre a China entraram em vigor à 0h01 (horário de Washington) de 10 de abril. "Diante do desrespeito da China aos mercados globais, elevo, com efeito imediato, a tarifa dos Estados Unidos sobre produtos chineses para 125%", escreveu Trump em uma rede social.
Com a suspensão das tarifas para os demais países, o dólar americano se fortaleceu e os mercados acionários registraram ganhos expressivos. O S&P 500 subiu 9,5%, saindo do território de mercado em baixa. O Nasdaq 100, mais sensível ao setor de tecnologia, saltou 12%. Em reação, o Goldman Sachs retirou sua previsão de recessão para os EUA.
Os rendimentos dos Treasuries também reagiram. O retorno dos títulos de 2 anos ultrapassou brevemente os 4%, à medida que os investidores ajustaram suas expectativas quanto a possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano.
Agora, os olhos se voltam para Pequim. Analistas e investidores aguardam uma possível retaliação tarifária ou uma sinalização de disposição para negociar. Trump, por sua vez, afirmou não acreditar que novas tarifas serão necessárias para pressionar a China. "Não consigo imaginar isso", disse. "Não acho que teremos de fazer isso novamente." Ele acrescentou que já considerava suspender as tarifas em conversas com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e com o secretário de Comércio, Howard Lutnick.
Importante notar que algumas tarifas permanecem em vigor. As alíquotas sobre aço, alumínio e automóveis continuam inalteradas, assim como as tarifas de 10% a 25% sobre produtos canadenses e mexicanos fora do escopo do acordo comercial norte-americano. As importações da União Europeia seguem sendo taxadas em 10%, apesar do anúncio de medidas retaliatórias por parte do bloco.
A decisão de Trump de intensificar as tarifas sobre a China veio após o anúncio de Pequim de que imporia tarifas retaliatórias de 84% sobre produtos americanos — com vigência a partir de hoje.
Como mencionado, esse ambiente tende a favorecer o dólar americano frente a ativos considerados mais sensíveis ao risco, especialmente no mercado de câmbio.
Do ponto de vista técnico, os compradores do euro precisam focar em recuperar o nível de 1,1020. Só assim será possível mirar um teste em 1,1090. Caso o movimento ganhe força, 1,1140 se torna um alvo viável — embora difícil de ser atingido sem o suporte de grandes players. O objetivo final permanece em 1,1215.
Em caso de correção, espera-se maior interesse comprador apenas próximo de 1,0945. Ausente esse suporte, seria prudente aguardar um novo teste da mínima em 1,0890, ou considerar posições compradas a partir de 1,0845.
Já para o par GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,2870. Superado esse ponto, o próximo alvo seria 1,2930 — com um rompimento acima ainda considerado desafiador. O objetivo de alta está em 1,2985.
Se o par recuar, os ursos buscarão retomar o controle na região de 1,2810. Um rompimento abaixo dessa faixa seria um golpe significativo para os touros, podendo empurrar a cotação até 1,2745 e, em uma extensão, a 1,2695.
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