As cotações do petróleo caíram novamente. A razão para isso é a ansiedade sobre a demanda em meio ao aumento das reservas de petróleo durante a semana nos Estados Unidos e um aumento no número de casos de COVID-19 na Europa.

Os futuros do petróleo bruto Brent caíram 1,03% para negociar a US$ 41,29 por barril, enquanto os futuros da WTI caíram 1,23% para chegar a US$ 39,31 por barril. A diferença entre os contratos atuais para o Brent e o WTI é de cerca de US$ 1,9 a favor do Brent.

Na França, Espanha e Grã-Bretanha, a situação epidemiológica está se deteriorando. Há riscos de reintrodução de quarentena, o que pode levar a uma queda na demanda de combustível. Na segunda-feira, os preços do petróleo caíram em mais de 4%. Este é o máximo para as últimas duas semanas.

De acordo com o Instituto Americano de Petróleo, as reservas de petróleo dos EUA aumentaram em 0,69 milhões de barris, embora o indicador devesse ter diminuído em 2,3 milhões de barris. As reservas no terminal de Cushing aumentaram em 0,3 milhões de barris. Ao mesmo tempo, os estoques de gasolina caíram em 7,7 milhões de barris, os estoques de destilados caíram em 2,1 milhões de barris. As importações de petróleo avançaram em 88.000 barris por dia. Os dados estatísticos são mistos. A reação do mercado é principalmente negativa.

O Grupo Eurasia informou que este ano a demanda global de petróleo diminuirá em mais de 10% em comparação com o ano passado e chegará a cerca de 90 milhões de barris por dia, devido à pandemia da COVID-19.

A difícil situação no mundo não permite contar com uma recuperação rápida acima de 44 dólares. Muito provavelmente, os preços continuarão a cair.

Além disso, a Companhia Nacional de Petróleo da Líbia pretende aumentar a produção de 0,1 milhões de barris por dia para 0,26 milhões de barris por dia. Antes da crise do coronavírus, a produção de petróleo era de cerca de 1,2-1,3 milhões de barris por dia. Isto poderia colocar uma pressão adicional sobre os preços. Além disso, a situação no país é extremamente difícil, portanto, a recuperação da produção de petróleo pode ser instável e demorar muito tempo.

Entretanto, os analistas do Goldman Sachs argumentam que o aumento da produção de petróleo na Líbia poderia ser compensado por um maior nível de cortes de produção de outros membros da OPEP. Portanto, isto não deveria afetar muito os preços. Os especialistas também observaram os riscos existentes para um crescimento rápido e sustentável da produção. Em sua opinião, a produção líbia aumentaria em 0,4 milhões de barris por dia até dezembro.